Movimento contra a crise cresce nos EUA e entra na 3ª semana

DA EFE, EM NOV A YORK E WASHINGTON

O movimento de protestos contra a crise econômica nos Estados Unidos, chamado de "Occupy Wall Street" (Ocupe Wall Street) e que tem seu centro em Nova York, entrou neste domingo em sua terceira semana, no momento em que se estende por outras grandes cidades americanas, como Chicago, Los Angeles, Filadélfia e Seattle.
Todos os grupos defendem as liberdades civis, assim como cidadãos particulares, sem uma liderança definida. Querem expressar suas solidariedade com os seguidores do "Occupy Wall Street", assim como mostrar suas posições sobre a crise, a desigualdade social e a 'avareza dos mais ricos".
Em Raleigh (Carolina do Norte), um grupo denominado "Occupy Raleigh" convocou artistas, sindicatos, igrejas e comunidades a participar de uma reunião para organizar protestos similares. Outro movimento similar, chamado de "Occupy Filadélfia", surge nesta cidade.
Los Angeles assistiu, no sábado, a protestos contra o momento econômico que os EUA passam. A organización New Botton Line publicou um calendário de atividades em todo o país, de Los Angeles a Mineápolis e Honolulu (no Havaí).
Josh Reynolds/Associated Press
Manifestantes contra a crise mundial ocupam praça de Boston; protesto cresce nos EUA
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NOVA YORK
Em nova York, a organização de protestos contra o que chamam de a "avareza de Wall Street", as execuções bancárias e o alto nível de estagnação nos EUA reiteraram neste domingo sua intenção de permanecer no sul de Manhattan durante vários meses.
Os organizaores convocaram um novo ato de protesto para amanhã, contra as mais de 700 detenções ocorridas no sábado (1º).
As dentenções geraram polêmica. A polícia afirma que os manifestantes detidos bloquearam faixas de veículos na ponte do Brooklyn. Entretanto, participantes do protesto afirmaram, nas redes sociais, que foram enganados pela polícia --afirmam que foram orientados a sair das áreas para pedestres.
Ambas as partes colocaram, no YouTube, vídeos tentando provar seus argumentos.
A maioria dos detidos foi liberada neste domingo, segundo um porta-voz da polícia. A maior parte deles deverá comparecer em 30 dias ante a Justiça para responder por alterar a ordem ública e obstruir o tráfego na ponte.
Mario Tama - 1.out.11/Getty Images/France Presse
Polícia prende manifestantes que invadiram pista de automóveis durante protesto contra Wall Street em Nova York
Polícia prende manifestantes que invadiram pista de automóveis durante protesto contra Wall Street em Nova York
REUNIÕES
Os "indignados" de Nova York mantiveram neste domingo suas reuniões no parque Zucotti, área em que começaram seu acampamento no dia 17 de setembro. O parque fica no centro financeiro da cidade.
Nas redes sociais, manifestantes pediam que não fizessem ações violentas. O manifestante Jason Pollock disse que o movimento pode ser considerado como parte do princípio de que "cada ação gera uma reação. Por anos vimos Wall Street dirigir o mundo", afirmou.

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