O aviso foi feito enquanto astrônomos se preparam para o lançamento do Solar Dynamics Observatory (SDO), projeto da NASA que irá monitorar de forma muito mais precisa o Sol. “Uma nuvem solar pode literalmente engolir a Terra”, explica o professor Richard Harrison, diretor da divisão de Física Espacial do Rutherford Appleton Laboratory, umas das organizações envolvidas na missão da NASA.
A interação do campo magnético da nuvem com o do nosso planeta pode levar a fenômenos como a formação de auroras boreais, mas também causar impactos nos sistemas de navegação, distribuição de energia e controle de satélites. “Podemos ter blecautes e panes nos sistemas de comunicação”, diz Harrison. Mas calma: não se trata de alguma análise catastrófica ou de previsões do Armageddon envolvendo o ano de 2012.
Este é um fenômeno natural do Sol, que pode nos afetar a qualquer momento, mas torna-se mais provável quando atinge o pico de seu ciclo de 11 anos. “O Sol é uma grande bola de gás, cujos campos magnéticos se embaralham. Não podemos ver na luz visível, mas em ultra violeta percebemos que sua atmosfera não é lisa: parece um espaguete”, ensina o professor. Dessa grande massa saem nuvens carregadas de magnetismo em direção ao espaço, algumas de até um bilhão de toneladas. Elas se propagam e podem chegar à Terra, ou não. “É tudo uma questão de sorte, ou azar – e os efeitos podem ser poucos ou muitos”, explica Harrison. Em 1859, por exemplo, um evento significativo causou problemas no sistema de telégrafos do mundo todo. “Na época, poucas pessoas conseguiram associar a pane ao Sol. Hoje em dia, temos que ter em mente que somos muito mais dependentes de sistemas que podem ser afetados do que antes”, explica Rutherford. Em 2012, o professor ressalta que a transmissão de eventos como as Olimpíadas de Londres poderá ser prejudicada.
Embora possam oferecer riscos à saúde de astronautas no espaço, as partículas dessas nuvens solares não causam problemas algum à saúde humana. Na verdade, elas não podem ser vistas ou sentidas de nenhuma forma pelas pessoas (nem mesmo calor) – e, se não fosse pela interferência que causam em sistemas de comunicação e energia, poderiam passar despercebidas. “Essa interferência pode durar horas, dias... Não se sabe, pois tudo depende da intensidade das nuvens solares. Parece loucura, pois ela não esquenta e não é visível. É como se estivéssemos falando que um monte de nada pode nos afetar. E por isso é tão importante estudar o fenômeno e poder explicá-lo à população”, diz Richard Harrison. Daí a importância do lançamento de equipamentos capazes de analisar o Sol com mais precisão – como os da missão SDO, da NASA. O objetivo é entender a física por trás do fenômeno, poder observar melhor e até prever onde as coisas estão se complicando.
Os equipamentos a bordo (inclusive os cedidos pelo laboratório britânico Rutherford Appleton, onde o professor Harrison trabalha) permitirão enxergar dentro deste “espaguete” com uma resolução dez vezes melhor do que a de uma TV HD. “Serão 1,5 terabytes de informações diárias sobre o Sol enviadas à Terra, o mesmo que baixar meio milhão de músicas na internet”, compara Harrison. Outra finalidade da missão é poder prevenir prejuízos ou o pânico, no caso de um blecaute em larga escala. “Não há nada que se possa fazer para impedir as interferências das nuvens solares, mas gosto de comparar com a previsão do tempo: podemos tomar uma medida para nos proteger, como pegar um guarda chuva, mas não podemos mandar o homem to tempo fazer parar de chover”, brinca o professor.
A interação do campo magnético da nuvem com o do nosso planeta pode levar a fenômenos como a formação de auroras boreais, mas também causar impactos nos sistemas de navegação, distribuição de energia e controle de satélites. “Podemos ter blecautes e panes nos sistemas de comunicação”, diz Harrison. Mas calma: não se trata de alguma análise catastrófica ou de previsões do Armageddon envolvendo o ano de 2012.
Este é um fenômeno natural do Sol, que pode nos afetar a qualquer momento, mas torna-se mais provável quando atinge o pico de seu ciclo de 11 anos. “O Sol é uma grande bola de gás, cujos campos magnéticos se embaralham. Não podemos ver na luz visível, mas em ultra violeta percebemos que sua atmosfera não é lisa: parece um espaguete”, ensina o professor. Dessa grande massa saem nuvens carregadas de magnetismo em direção ao espaço, algumas de até um bilhão de toneladas. Elas se propagam e podem chegar à Terra, ou não. “É tudo uma questão de sorte, ou azar – e os efeitos podem ser poucos ou muitos”, explica Harrison. Em 1859, por exemplo, um evento significativo causou problemas no sistema de telégrafos do mundo todo. “Na época, poucas pessoas conseguiram associar a pane ao Sol. Hoje em dia, temos que ter em mente que somos muito mais dependentes de sistemas que podem ser afetados do que antes”, explica Rutherford. Em 2012, o professor ressalta que a transmissão de eventos como as Olimpíadas de Londres poderá ser prejudicada.
Embora possam oferecer riscos à saúde de astronautas no espaço, as partículas dessas nuvens solares não causam problemas algum à saúde humana. Na verdade, elas não podem ser vistas ou sentidas de nenhuma forma pelas pessoas (nem mesmo calor) – e, se não fosse pela interferência que causam em sistemas de comunicação e energia, poderiam passar despercebidas. “Essa interferência pode durar horas, dias... Não se sabe, pois tudo depende da intensidade das nuvens solares. Parece loucura, pois ela não esquenta e não é visível. É como se estivéssemos falando que um monte de nada pode nos afetar. E por isso é tão importante estudar o fenômeno e poder explicá-lo à população”, diz Richard Harrison. Daí a importância do lançamento de equipamentos capazes de analisar o Sol com mais precisão – como os da missão SDO, da NASA. O objetivo é entender a física por trás do fenômeno, poder observar melhor e até prever onde as coisas estão se complicando.
Os equipamentos a bordo (inclusive os cedidos pelo laboratório britânico Rutherford Appleton, onde o professor Harrison trabalha) permitirão enxergar dentro deste “espaguete” com uma resolução dez vezes melhor do que a de uma TV HD. “Serão 1,5 terabytes de informações diárias sobre o Sol enviadas à Terra, o mesmo que baixar meio milhão de músicas na internet”, compara Harrison. Outra finalidade da missão é poder prevenir prejuízos ou o pânico, no caso de um blecaute em larga escala. “Não há nada que se possa fazer para impedir as interferências das nuvens solares, mas gosto de comparar com a previsão do tempo: podemos tomar uma medida para nos proteger, como pegar um guarda chuva, mas não podemos mandar o homem to tempo fazer parar de chover”, brinca o professor.
Fonte:INFO ABRIL
LINK:http://info.abril.com.br/notic
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