A velha natureza está sempre activa em nós, se não vigiarmos. Temos necessidade da exortação do apóstolo Paulo para não provocarmos, para não sentirmos inveja, para não julgarmos os outros.
Como estamos prontos para falar mal, e mesmo murmurar uns contra os outros, em vez de actuarmos com graça, reconhecendo as nossas faltas e sobretudo orarmos uns pelos outros (Gál 5; 26, Rom 14; 3, Tiago 4; 11 e 5; 9-16).
No tocante aos nossos pensamentos e sentimentos mútuos, devemos seguir igualmente o exemplo deixado pelo Senhor Jesus Cristo. Devemos ser submissos (sujeitos) uns aos outros, revestidos de humildade, considerando cada um os outros superiores a si mesmo (Col 3; 12, 13).
«Revesti-vos, suportai-vos, perdoai-vos»
O revestimento (vestir de novo) o novo homem, a nova criatura não é algo que o crente deva construir pelo seu próprio poder. A sua nova identidade toma forma à medida que vai conhecendo melhor ao Senhor. O bom relacionamento do crente com Ele, torna-o apto e pronto a ser tolerante, a perdoar e a amar de verdade.
«Aquele que diz que ama a Deus e aborrece a seu irmão é mentiroso» (I Jo 4; 20). Aquele que diz que não pode perdoar, está a condicionar a acção do Espírito Santo.
«Se alguém cuida ser religioso e não refreia a sua língua, antes engana o seu coração…» (Tiago 1; 26).
Como cidadãos de uma pátria celestial, somos chamados à prática de uma conduta santa e ao exercício de uma linguagem sã que promova a edificação.
Há quem se glorie em proferir disparates!
A língua é um instrumento de grande poder, ela pode afectar a nossa vida, ela é como um fogo que descontrolado pode causar uma grande tragédia. E a tragédia é que todos temos uma língua que instila veneno, que nem sempre sabemos usar e que nenhum homem pode domar (Tiago 3; 8).
O esforço humano por si só não é suficiente. Ela só pode ser controlada pelo poder de Deus.
Não ignoremos que as más conversações, a blasfémia, o mexerico, a malícia, a mentira, o juramento falso, têm o poder de arruinar, manchar, e corromper todo o carácter moral de uma pessoa ou comunidade.
Os crentes são aconselhados a despojar-se de atitudes e emoções conducentes a uma linguagem destrutiva.
A ira, a cólera, e a malícia são panelas de pressão que rebentam em palavras que magoam e destroem.
Assim, toda a linguagem que ameace destruir o ser humano deve ser evitada, mesmo extirpada.
Na comunidade cristã, convém que sejamos de um mesmo sentimento, pois se assim não for, como podemos cooperar uns com os outros e promover a edificação do Corpo de Cristo?Amar o nosso próximo, passa, implicitamente, por respeitá-lo ainda que com os seus pontos de vista porventura diferentes do nosso e orar por ele. Senão vejamos mais uma vez o conselho da Palavra de Deus em I Pedro 3.8-10.Cuidado! Pagar com a mesma moeda, responder à letra, tornar mal por mal, não é de modo nenhum prerrogativa do verdadeiro filho de Deus. Rom.12. 9-21,mas antes da criatura sem Deus.
Sejam sempre agradáveis as nossas palavras, visando a paz, a união e a felicidade de todos.
Autoria: Samuel da Silva Oliveira
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