“Uma crise feita no mundo desenvolvido poderia se tornar uma crise para países emergentes. Europa, Japão e EUA têm de agir para enfrentar seus grandes problemas econômicos antes que eles se tornem problemas maiores para o resto do mundo.”
Ao mesmo tempo, as bolsas globais repercutiam de forma pessimista as advertências, na véspera, do Fed (banco central americano) sobre as perspectivas para a recuperação econômica dos EUA.
Tanto no Dow Jones, em Nova York, quanto na Bovespa, as cotações caíram quase 3% na abertura do pregão. A cotação do dólar chegou a R$ 1,94, mas no início da tarde estava em R$ 1,88.
Na quarta-feira, o Dow Jones já havia caído 2,5%, depois de o Fed dizer que "os recentes indicadores apontam para a contínua fraqueza do mercado de trabalho (americano), e as taxas de desemprego permanecem elevadas”.
O banco anunciou a compra de US$ 400 bilhões em títulos de longo prazo para colocar no mercado valor semelhante em títulos de curto prazo, em uma estratégia para aumentar a liquidez na economia americana, principalmente para fomentar empréstimos a hipotecas e negócios.
Brics
Ainda no encontro desta quinta, Zoellick disse que os países dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) devem se concentrar em medidas internas e pediu que evitem a tentação do protecionismo.
Segundo Zoellick, após um período de alta durante o ápice da crise econômica mundial, o protecionismo registrou queda recentemente, devido às pressões inflacionárias em muitos países, mas pode voltar a crescer.
"Não deixem os países navegarem para o protecionismo", afirmou. "Haverá a tentação de alguns países de começar a proteger suas indústrias manufatureiras."
O presidente do Banco Mundial, porém, lembrou que, no caso do Brasil, a indústria vem enfrentando dificuldades devido à pressão provocadas pela valorização do real frente ao dólar.
Zoellick citou ainda a necessidade de reformas estruturais nos países da América Latina, para que possam diversificar suas economias, já que a demanda por produtos agrícolas pode não se manter em alta indefinidamente.
Caminho ‘estreito’
As advertências de Zoellick foram ecoadas por Christine Lagarde, diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), que disse que a situação econômica global está em uma posição “perigosa” e que o caminho rumo à recuperação é "mais estreito do que três anos atrás".
Lagarde ainda afirmou que os líderes internacionais devem agir rapidamente em termos de consolidação fiscal, controle de dívidas internas e reformas do setor público.
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