Os governantes da União Europeia tentam nesta sexta-feira, em Bruxelas, fechar um acordo sobre como implementar um novo pacto fiscal com o que esperam reconquistar a confiança dos mercados e deter o avanço da crise da dívida soberana na zona do euro. As novas regras foram delineadas por 23 países durante a madrugada, depois de dez horas de discussões no primeiro dia de uma cúpula de governantes europeus que está sendo considerada como a última chance para salvar a zona do euro.
O novo pacto fiscal prevê sanções automáticas para os países que ultrapassarem o teto de 3% no déficit público, a concessão de poderes à Comissão Europeia (CE) para controlar os orçamentos nacionais e determina ainda que o compromisso de equilíbrio fiscal seja estabelecido pela Constituição de cada país. Grã-Bretanha preferiu não participar do acordo porque considera que as medidas prejudicarão a City de Londres, o coração financeiro do país.
Seja ela limitada ou profunda, a alteração do tratado só ajudará a deter a crise se for capaz de convencer o Banco Central Europeu (BCE) a aumentar sua intervenção nos mercados de dívida, segundo analistas. "A mudança seria suficiente (para os mercados) se o BCE a considerar suficiente e anunciar novas medidas. Isso poderia abrir caminho para uma melhora gradual da confiança dos mercados, que é uma precondição para a sobrevivência do euro", afirma Zsolt Darvas, economista no centro de estudos econômicos Bruegel.
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