A Flextronics, responsável pela produção da Motorola aqui no Brasil, anunciou férias coletivas de 10 dias a partir da próxima segunda-feira (17) para cerca de 2,2 mil funcionários, reduzindo assim cerca de 80% da força de trabalho. Já a Samsung, tomou a decisão de deixar um total de 2,5 mil funcionários "de folga" por três dias desde quarta-feira (12).
“A Samsung nos procurou para discutirmos medidas porque eles estão tendo problemas com a falta de componentes, e praticamente todos eles vêm da China. A decisão foi deixar o pessoal em casa por três dias e haverá uma compensação depois”, relata ao G1 Sidalino Orsi Júnior, presidente do sindicato dos metalúrgicos de Campinas e Região, onde está localizada a fábrica da empresa.Motorola Razr e Galaxy Z Flip por enquanto não devem sofrer com impacto na produção (Reprodução: Digital Trends)
A medida acompanha o movimento que já vem acontecendo na China nas últimas semanas, em que várias empresas fecharam as portas das lojas, escritórios e a produção nas fábricas para evitar a propagação do vírus. Vale lembrar que a MWC 2020, que aconteceria entre os dias 24 e 27 de fevereiro, em Barcelona, na Espanha, foi cancelada por receio do surto da doença.
“Estamos preocupados que isso ainda vai longe. Embora o vírus não tenha chegado aqui, as consequências já vieram. O risco iminente é que se esse negócio se complicar as empresas queiram partir para cortes”, pondera o presidente do sindicato de Campinas.
Consumidor pode sentir efeito no bolso
Embora a OMS (Organização Mundial de Saúde) tenha afirmado recentemente que a epidemia esteja controlada no resto do mundo, ou seja, não há aumento alarmante de transmissão fora da China, o país é a nossa principal fonte de importações de componentes.
Além disso, segundo dados da Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica), no ano passado o Brasil já sofreu com problemas no recebimento de materiais oriundos da China:
"Essa situação foi observada principalmente entre as fabricantes de produtos de Tecnologia da Informação (celulares, computadores, entre outros). O atual desabastecimento de componentes e insumos é consequência da paralisação de fábricas chinesas decorrente da epidemia de coronavírus", disse a associação.
Caso a situação não apresente melhora, cada vez mais empresas de tecnologia precisarão interromper suas produções e prolongar o prazo de retorno, reduzindo assim os estoques de produtos não só aqui no Brasil, mas pelo mundo, impactando no aumento geral de preços em dispositivos eletrônicos.
Via: Canaltech
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