Dra. Yamaguchi alerta classe médica para erro do médico Marcus Vinícius, apoiador de Haddad, que matou 11 pessoas em Manaus

Imunologista rechaça conclusões e método, e alerta sobre erros.
Dra. Nise Hitomi Yamaguchi oncologista e imunologista 


O experimento realizado por médicos da Fiocruz, em Manaus, que terminou na morte de 11 pacientes após uma superdosagem de cloroquina, foi objeto de uma carta de repúdio da oncologista e imunologista Dra. Nise Hitomi Yamaguchi, principal pesquisadora sobre os efeitos da hidroxicloroquina para doentes de Covid 19 e integrante do gabinete de crise do Ministério da Saúde.
O estudo, liderado pelo médico infectologista, Marcus Vinícius Guimarães de Lacerda, matou 11 dos 84 pacientes após uma superdosagem que, como admitido por médicos em entrevista ao G1, teve objetivo de fazer um “alerta” contra pressões para uso da hidroxicloroquina, que se tornou a grande aposta do presidente Jair Bolsonaro para o tratamento da Covid 19, o que após primeiros resultados positivos vem gerando uma onda de esperança na população.
Nas redes sociais, o dr. Marcus Vinícius não esconde suas preferências políticas, tendo feito campanha contra o então candidato Jair Bolsonaro e em favor de para Ciro Gomes (PDT). Já no segundo turno, o médico optou por Fernando Haddad (PT), de acordo com informações apuradas em matéria do Gazeta Brasil.
A dra. Yamaguchi alerta a comunidade médica para que não seja levada a erro de interpretação pelas conclusões do experimento que utilizou uma dosagem muito acima, não só da recomendada pelo Ministério da Saúde, da informada na bula do medicamento, o que causa ainda maior estranhamento. A imunologista rechaça veementemente as conclusões e o método usado para que ele não atrapalhe a compreensão da classe médica sobre o uso do medicamento.
Ela lembra ainda que as doses são ajustadas para salvar vidas em um período de pandemia e devem ser administradas com outros medicamentos e nas doses certas.
Confira a íntegra da carta:
CARTA ABERTA REFERENTE AO ESTUDO DO AMAZONAS PUBLICADO ONLINE, SEM REVISÃO, EM ARTIGO NÃO CERTIFICADO PELOS SEUS PARES, E EM PRÉ EDIÇÃO, DO USO DE CLOROQUINA EM ALTÍSSIMAS DOSES A PACIENTES COM COVID-19, NO MEDRXIV, ASSOCIADO AO BRITISH MEDICAL JOURNAL em 7-04-2020 (1).
Consideramos este estudo realizado sobre a CLOROQUINA (importante considerar a diferença entre Cloroquina e Hidroxicloroquina), em doses extremamente altas (600 mg duas vezes por dia, por 10 dias de tratamento, QUE EQUIVALEM A 12 GRAMAS NA DOSE TOTAL) potencialmente danoso para os pacientes e para a visão científica sobre uma classe de medicamentos que, em doses ajustadas, pode vir a salvar muitas vidas, neste momento importante da pandemia do COVID-19.
Esta dose utilizada no braço interrompido do estudo por toxicidades inadmissíveis, quando comparada à dose indicada pelo Ministério da Saúde do Brasil NAS DIRETRIZES PARA DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DA COVID-19 (2) de 6 de abril de 2020 página 35, é exagerada, e certamente levaria a efeitos colaterais importantes.
A dose preconizada pelo Ministério de Saúde do Brasil para Cloroquina foi de 450 mg duas vezes no primeiro dia, e 450 mg por dia nos outros quatro dias, QUE EQUIVALEM A 2,7 GRAMAS NA DOSE TOTAL, contra os 12 gramas de dose total do estudo da Amazônia. Essa dose utilizada no estudo em muito ultrapassa as doses recomendadas pelo Ministério da Saúde, assim como as doses da bula.
Como se trata de importante armamentário na luta contra o COVID-19, enquanto aguardamos outros resultados de utilização de antiretrovirais, vacinas, etc., este tipo de estudo pode levar a interpretações errôneas quanto à utilização da CLOROQUINA e HIDROXICLOROQUINA NO COMBATE AO COVID-19.
Sendo a cloroquina um medicamento mais antigo, ele apresenta mais toxicidade do que a Hidroxicloroquina. Temos preferência pela hidroxicloroquina, por apresentar menor quantidade de efeitos colaterais, sendo que ambas substâncias DEVEM ser associadas à Azitromicina 500 mg por dia e suplementação de Zinco para ter melhor índice terapêutico. O racional é que a azitromicina se liga ao ribossoma da célula infectada e interfere na proliferação viral, além de ter outras funções imunomoduladoras, juntamente com o Zinco. A importância desta associação foi caracterizada em estudos internacionais, e aguardará os resultados de futuros estudos comparativos.
O tempo de tratamento é de cinco dias, até o momento.
Assim sendo, somos veementes em rechaçar os resultados com altas doses de CLOROQUINA e solicitamos que isto não atrapalhe a compreensão da classe médica científica, pelas necessárias medicações para o momento, no combate ao COVID-19.
Estejamos atentos e críticos aos estudos gerados em meio à pandemia, e que possamos tomar as decisões corretas baseadas no máximo de informações colhidas em cada momento, para que tenhamos condutas práticas imprescindíveis para o cuidado das nossas populações.
DRA. NISE HITOMI YAMAGUCHI
IMUNOLOGISTA E ONCOLOGISTA
MESTRADO EM IMUNOLOGIA E DOUTORADO EM PNEUMOLOGIA PELA FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
PESQUISADORA SENIOR IPRI (INTERNATIONAL PREVENTION AND RESEARCH INSTITUTE) – WORLD PREVENTION ALLIANCE – LYON FRANÇA

NOTA: "A DIFERENÇA ENTRE O REMÉDIO E O VENENO, ESTÁ NA DOSE!
VENENOS PODEM MATAR EM POUCAS DOSES, JÁ REMÉDIOS TAMBÉM MATAM EM ALTAS DOSES."
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COM A CASA BRANCA.












Vou te contar quando é q acaba a quarentena,
acaba quando todo mundo estiver domesticado e
bem treinadinho pra obedecer como um chinês,
manter isolamento social bem caladinho e vigiar o vizinho.

Não tem curva nenhuma de vírus nenhum,
tem é curva de engenharia social,
o que querem achatar é a tua espinha dorsal.
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